Pulse as God..

"O homem é aquilo que a educação faz dele."
Immanuel Kant

segunda-feira, 25 de julho de 2011

          Eu tenho medo. O medo tranca minha traquéia, aperta meus pulmões como se houvesse um bloco de concreto sobre mim. O medo paralisa minhas pernas e arremessa pedras na minha cabeça, que dói, a ponto de eu achar que ela finalmente vai ceder às pedradas e vai rachar. 
          O medo faz com que eu me sinta desprotegida, assim como a sensação de falta de proteção me dá medo. Eu quero correr para os braços de alguém, mas todos que me amam me condenam por ter medo. Então, desejo me esconder na presença de alguém que eu nunca vi, pois mesmo sem saber, ela está me assegurando.
          O medo me dá vergonha e ao mesmo tempo me dá vontade de lutar, de me fortalecer, de virar a mesa e redistribuir as cartas.. Não há covardia. Há o medo da dor, pois o medo dá dor física, dá dor na carne, dá dor na barriga, dá dor na garganta, dá dor no peito e dor no coração...
          O remédio pra dor de medo? Talvez seja compreensão, amor e colo... braços que possam me proteger, um peito no qual eu possa me esconder.. é uma cura que a medicina ainda não descobriu, mas que precisa logo ser revelada... 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A Filosofia tem tanto crédito quanto o tem as religiões. Ela também é um objeto de fé: a fé na razão e nos achados de uma busca desesperada pela lógica. Então, há uma lógica absoluta para a vida material ou ela é relativa?
Partindo da premissa de INDIVÍDUO, não é possível generalizar explicações sobre comportamentos ou necessidades humanas. Mas levando em conta a tendência do indivíduo a perder seu registro existencial enquanto inserido na mente de massa, é possível e plausível tecer alegações - e não meras especulações, pois são comprovadas empiricamente - generalizadas sobre o ser humano.
Contraditório... Barroco... Desconexo...
Um breve retrato da vida humana.
Rubia Galdino

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

.."VIAGENS"..

          Viajando pelo interior do país. Eu adoro viajar, principalmente em companhia da minha família. Meu pai sempre foi uma figura incisiva e determinante na minha vida. Por ser o arquiteto e o guardião dos meus maiores tesouros -os estudos, as experiências com a vida e com Deus -  ele é meu HERÓI. Aprendo todos os truques de estrada com ele, que trabalha viajando! Já me comunico ativamente com caminhoneiros através de sinais luminosos! Aprendo a compreender a mecânica do carro e já sei identificar vários problemas que poderiam nos deixar na mão em plena rodovia.
          O motivo da viagem era, a pricipio, a segunda fase do meu vestibular. Estou a um passo de começar a fazer o que eu amo, pra sempreeee - MEDICINA. Não, não busco dinheiro a princípio, e nem status. Quero dinheiro pois tenho uns sonhos materiais engatilhados, mas não status. Quero uma carreira humilde e tranquila. Não quero ser chama de "Doutora". Quero apenas tomar decisões, aplicar os meus conhecimentos e conhecer cada vez mais e mais, incessantemente o ser humano. Não tenho vocação pra vestir branco. Tampouco pra seriados médicos - sim, isso inclui House. 
          Gosto de corpos. Esses dias, pensando em como convencer minha família de que eu seria mais feliz como legista do que como pediatra, teci uma analogia: Cadáveres estão para os estudantes de medicina como computadores quebrados estão para os estudantes de computação. É necessário conhecer com as palmas das maos aquilo com que se vai trabalhar para o resto da vida! Por que será que as pessoas se chocam tanto com a morte? Bem.. esse assunto da pano pra manga, então, fica pra próxima...
          Agora estamos em Ilha Solteira, onde meu irmão cursa Engenharia Agronômica, no campus da UNESP. Linda cidade, pessoal gente fina, dotados da maior virtude do ser humano: A HUMILDADE. São todos autênticos e desprendidos do orgulho e da vaidade que me chicotearam quando passei por Campinas e por São José do Rio Preto. Estou ansiosa para cruzar a fronteira e entrar logo no Mato Grosso do Sul; nadar com o olhar entre o cerrado, respirar o ar pantaneiro que se estende por todo o estado, me sentir em casa!
          No que tange à maldade do homem.. esta é como a ponta de uma corda, em um jogo de cabo-de-guerra, onde a fita vermelha amarrada no meio do cabo é a própria pessoa. Só há uma forma de eliminar os efeitos dos maus comportamentos na vida: Elimentando os maus pensamentos. E isso demanda muita FORÇA DE VONTADE, AUTOCONHECIMENTO e HUMILDADE. Um dos meus  maiores desejos é ter sucesso nessa invernada..
                                                                                                    
                                                                                                   
                                                                                                                                   Rubia Galdino.









quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Encômodo

O desconcerto do mundo deveria ser a força motriz para o aparecimento de terceiras vias. Infelizmente não é o que acontece. A falta de ética, de respeito aos tão pragmáticos direitos humanos - que vigoram apenas perante a justiça e não no convívio - de empatia e de fraternidade caracteriza a modernidade. Certo.. eu não vivi antigamente pra afirmar que  as pessoas eram mais solícitas, menos individualistas e interesseiras, mas lamento ter de enxergar esses traços nas relações humanas ao meu redor. Lamento preferir não ter amigos, esperar no intervalo entre aulas com um fone de ouvido por não tolerar os assuntos corriqueiros, esvaziados de conteúdo e de consciência.. lamento a "cultura Ctrl C - Ctrl V", que saiu do mundo digital para invadir as relações interpessoais. Não sei se esse é um bom apelido que arranjei pra disseminação da falta de senso crítico, mas da mesma forma que tornou-se banal copiar uma informação e colar em outro local com apenas um click online, também banalizou-se a leitura da vida.. E vêem-se meros executores de filosofias distorcidas.. seguidores de princípios que sequer foram questionados, apenas assimilados...
Viver em meio a essa realidade anda me encomodando.. e a você?
                                                                                                     Por 
                                                                                                     Rubia Galdino.